Namastê Messerschmidt nasceu em 1987 no estado do Piauí, filho de pai alemão e mãe brasileira. Sua história com a agrofloresta começou cedo e de forma marcante: aos 12 anos, se mudou para o Instituto Oca do Brasil, em Goiás, onde teve contato direto com Ernst Götsch, o criador da agricultura sintrópica, e com o qual passou anos convivendo e aprendendo na prática. A partir dessa experiência, mergulhou profundamente na vivência prática e teórica dos Sistemas Agroflorestais, permanecendo no Instituto por 11 anos — um período de formação intensa que moldaria não apenas sua carreira, mas sua visão de mundo.

Desde então, Namastê tem atuado de forma ampla e integrada como educador, consultor, formador de lideranças e facilitador de projetos agroflorestais no Brasil e no mundo.

partir de 2010, realizou trabalhos junto a povos indígenas e comunidades tradicionais, oferecendo cursos e consultorias por meio de organizações como a ATIX (Associação Terra Indígena do Xingu), o ISA (Instituto Socioambiental) e o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).

Seu trabalho se estendeu a movimentos sociais, organizações públicas e privadas.

Namastê atuou com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) — maior movimento social da América Latina —, com o Fazenda da Toca (Grupo Pão de Açúcar), com a Cooperafloresta, entre outras redes agroecológicas espalhadas pelo Brasil. Ele é reconhecido por sua habilidade de unir técnica, sensibilidade e regeneração como bases de um novo paradigma produtivo.

Em 2017, Namastê expandiu suas ações para o cenário internacional, oferecendo consultorias, cursos e implantação de SAFs em mais de 20 países, incluindo México, Argentina, França, Espanha, Angola, Madagascar, Indonésia, Tailândia, Malásia, Austrália e Nova Caledônia. Sua proposta se baseia em criar sistemas de abundância, onde a agricultura não degrada, mas regenera — respeitando os ciclos da vida, as vocações do solo e a sucessão ecológica.

É coautor do livro "De Facão a Trator", obra que sistematiza décadas de experiências agroflorestais nos assentamentos de reforma agrária e propõe caminhos práticos para a construção de uma agroecologia popular e mecanizada.
Namastê é hoje considerado uma das maiores vozes da agrofloresta no Brasil e no mundo. Com um discurso enraizado na ancestralidade e na ciência ecológica, ele convida agricultores, neorurais e tomadores de decisão a reconstruir a relação entre ser humano e natureza, propondo uma agricultura que não destrói, mas regenera.